Recursividade em Libras: Uma descrição de marcadores identificados em narrativas de surdos de referência

Contenido principal del artículo

Amanda Oliveira Rocha
Gabriel de Ávila Othero
Ingrid Finger

Resumen

Resumo em Libras


Nas línguas de sinais, principalmente em Libras, há pouca pesquisa que investigue e descreva a manifestação de recursividade. Assim, investiga-se aqui a ocorrência desse fenômeno em narrativas em Libras, sinalizadas por três surdos, disponíveis no corpus nacional de Libras. Com o software ELAN, realizou-se a anotação, a transcrição e a análise de dados, o que nos possibilitou identificar e registrar marcadores recursivos presentes nessas narrativas. Percebeu-se a manifestação recursiva de forma manual com produção de elementos sinalizados; forma manual com produção de elementos sinalizados pelas duas mãos simultaneamente, indicando sobreposição gramatical manual; forma manual e não manual, produzidas simultaneamente, tendo sinais e expressões não manuais como elementos de encaixamento; e forma não manual (expressões faciais e corporais). Além disso, as expressões não manuais identificadas que parecem exercer papel recursivo são a inclinação de tronco, a elevação de tronco/ombros, a incorporação de personagem, o movimento de cabeça, o direcionamento de olhar, a elevação ou contração de sobrancelhas e olhos e também o movimento de boca, lábios e a elevação de queixo. Finalmente, destacamos que os marcadores não manuais apresentaram maior ocorrência na análise realizada.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Oliveira Rocha, A., de Ávila Othero, G., & Finger, I. (2023). Recursividade em Libras: Uma descrição de marcadores identificados em narrativas de surdos de referência . Quintú Quimün. Revista De lingüística, (7 (1) ene-jun), Q071. https://doi.org/10.5281/zenodo.7886849
Sección
Dossier Estudios gramaticales de lenguas de señas de América Latina y el Caribe

Citas

Bahan, Ben (1996). Non-manual realization of agreement in American Sign Language. Doctoral Dissertation, Boston University, Boston, MA.

Baker, Charles (1076). What’s not on the other hand in American Sign Language. NUFWENE, S.; WALKER, C.; STEEVER, S. (Eds.) Papers from the Twelfth Regional Meeting of the Chicago Linguistics Society. University of Chicago.

Baker, Charles; Padden, Carol (1978). Focusing on the non manual components of American Sign Language. In: Patricia Siple (Ed.). Understanding language through sign language research. New York: Academic Press, p. 27 – 57.

Baker, Charles; Cokely, Dennis (1980). American sign language: a teacher’s resource text on grammar and culture [s.l., s.n.].

Battisti, Elisa; Othero, Gabriel de Ávila.; Flores, Valdir do Nascimento (2021) Conceitos Básicos de Linguística: Sistemas Conceituais. São Paulo: Contexto.

Bellugi, Ursula.; Fischer, Susan (1972). A comparison of sign language and spoken language. Cognition, v.1, p.173 – 200.

Berwick, Robert; Chomsky, Noam (2017). Por que apenas nós? Linguagem e evolução. Trad. de Gabriel de Ávila Othero e Luisandro Mendes de Souza. São Paulo: Unesp.

Bross, Fabian (2020). The clausal syntax of German Sign Language – A cartographic approach. Berlin: Language Science Press.

Chomsky, Noam (1965). Aspects of Theory of Syntax. Cambridge: MIT Press.

Everett, Daniel (2005). Cultural constraints on grammar and cognition in Piraha: Another look at the Design Features of human language. Current Anthropology, v.46, p.621-646.

Everett, Daniel (2009). You drink. You drive. You go to jail. Where’srecursion? Paper presented at the U Mass conference on Recursion, May.

Everett, Daniel (2012). Language: the cultural tool. New York: Panthenon Books.

Everett, Daniel (2018). Review of Recursion Across Domains, Luiz Amaral; Marcus Maria; Andrew Nevins; Tom Roeper (Eds.) Cambridge University Press.

Ferreira-Brito, Lucinda (1995). Por uma gramática de língua de sinais. 2ª ed, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Hauser, Marc; Chomsky, Noam; Fitch, Tecumseh (2002). The faculty of language: what is, who has it, and how did it envolve? Science, v. 298, 2002.

Hauser, Charlotte (2019). Subordination in French Sign Language: nominal and sentential embedding. Ph. D Thesis, Université de Vincennes – Paris 8.

Herrmann, Annika (2010). The Interaction of Eye Blinks and Other Prosodic Cues in German Sign Language. Sign Language & Linguistics, v.13, n.1, p.339.

Humboldt, Wilhelm von 1988[1836]. On language: On the diversity of human language construction and its influence on the mental development of the human species. New York: Cambridge University Press.

Jackendoff, Ray; Pinker, Steven (2005). The faculty of language: what’s special about it? Cognition, v. 95, p. 201-236.

Kenedy, Eduardo; dias, Aline Fernanda (2013). Recursion in Brazilian Sign Language. Recursion in Brazilian languages & beyond. Rio de Janeiro, p. 123-125.

Kocab, Annemarie; Senghas, Ann, e Snedeker, Jesse (2016). Recursion in Nicaraguan Sign Language. Cognitive Science.

Leeson, Lorraine; Saeed, John (2012). Word order. In: Roland Pfau; Markus Steinbach; Bencie Woll (Eds.). Sign Language: an International Handbook. Berlin: Mouton de Gruyter, p. 245-264.

Liddell, Scott (1977). An investigation into the syntactic structure of American Sign Language. Unpublished doctoral dissertation, Universityof California, San Diego.

Liddell, Scott (1978). Non manual signals and relative clauses in American Sign Language. Patricia Siple (Ed.). Understanding language through sign language research. New York: Academic Press, p 59 – 90.

Liddel, Scott (1980). American sign language syntax. The Hague: Mouton.

Limberger, Bernardo; Rattova, Sidriana (2016). O processamento de estruturas linguísticas recursivas: contribuições da interface entre Sintaxe Gerativa e Psicolinguística. Via Litterae, Anápolis, v. 8, n. 1, p. 43-64, jan./jun.

Lobina, David; Garcia-Albea, José (2009). Recursion and Cognitive Science: Data Structure and Mechanism. Proceedings of the 31st Annual Conference of the Cognitive

Science Society, p. 1337 -1352.

Loew, Ruth (1984). Roles and reference in American Sign Language: A development perspective. Doctoral Thesis: University of Minnesota.

MacLaughlin, Danielle (1977). The Structure of Determiner Phrases: Evidence from American Sign Language. PhD Dissertation, Boston University, Boston, MA.

Marcilese, Mercedes (2011). Sobre o papel da língua no desenvolvimento de habilidades cognitivas superiores: representação, recursividade e cognição numérica. Tese de doutorado, PUC-Rio.

Neidle, Carol; Nash, Joan (2012). The noun phrase. Roland Pfau; Markus Steinbach; Bencie Woll. (Eds.). Sign Language: An International Handbook. Berlin: Mouton de Gruyter, 2012.

Nevins, Andrew; Pesetsky, David; Rodrigues, Cilene (2009). Pirahã exceptionality: A reassessment. Language, v.85, p.355 - 404.

Padden, Carol (1988). Interaction of morphology and syntax in American sign language. (Outstanding dissertations in linguistics) Thesis (Ph.D.) Series. HV2474. p34.

Pfau, Roland.; Quer, Josep (2010). Non manuals: their grammatical and prosodic roles. Diane Brentari (Ed.). Sign Languages. Cambridge: University Press.

Pfau, Roland.; Steinbach, Markus; Woll, Bencie (Eds.) (2012). Sign Language: An International Handbook. Berlin: Mouton de Gruyter.

Pfau, Roland; Steinbach, Markus (2016). Complex sentences in sign languages: Modality – typology – discourse. Roland Pfau; Markus Steinbach,; Annika Herrmann (Eds.), A matter of complexity: Subordination in sign languages. Berlin: De Gruyter Mouton, 1-35.

Parker, Anna (2006). Evolution as a Constraint on Theories of Syntax. The case against Minimalism. Thesis (Doctor of Philosophy to Linguistic and English language) –School of Philosophy, Psychology and language Sciences, University of Edingburgh.

Quadros, Ronice Müller de (1999). Phrase Structure of Brazilian Sign Language. Tese de Doutorado em linguística e letras. PUC-RS, Porto Alegre.

Quadros, Ronice Müller de (2000). Phrase Structure of Brazilian Sign Language. Crosslinguistic perspectives in sign language research. Selected papers from TISLR 2000. Signum Press: Hamburg. 2003. p.141-162.

Quadros, Ronice Müller de; Karnopp Lodenir (2004). Língua de sinais brasileira - Estudos Lingüísticos. Porto Alegre. Artes Médicas.

Quadros, Ronice Müller de (2016a). Documentação da Língua Brasileira de Sinais. seminário ibero-americano de diversidade linguística. Anais [...]. Brasília, DF: Iphan.

Quadros, Ronice Müller de (2016b). Línguas de Sinais: abordagens teóricas e aplicadas a transcrição de textos do Corpus de Libras. Revista Leitura, v. 1, n. 57, jan./jun.

Quadros, Ronice Müller de et al (2017a). O inventário nacional de Língua Brasileira de Sinais. Encontro internacional de investigadores de políticas linguísticas, VIII, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UFSC 2017a, Programa de Políticas Linguísticas. Núcleo de Educação para a Integração. Associação de Universidades Grupo Montevidéo.

Quadros, Ronice Müller de et al. (2017b). A coleta de dados: instrumentos utilizados no Inventários Nacional de Língua Brasileira de Sinais. Encontro internacional de investigadores de políticas linguísticas, VIII, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UFSC 2017b, Programa de Políticas Linguísticas. Núcleo de Educação para a Integração. Associação de Universidades Grupo Montevidéo.

Quadros, Ronice Müller de (2019). Libras. São Paulo: Parábola Editorial.

Quadros, Ronice Müller de; Lourenço, Guilherme (2020). The syntactic structure of the clause in Brazilian Sign Language. Brazilian Sign Language Studies. Berlin, De Gruyter Mouton.

Rattova, Sidriana (2014). A recursividade como propriedade única e universal da faculdade da linguagem. Revista do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE. v. 6, n. 1.

Roeper, Tom (2010). Recursion: What is in nate, Why it needs a trigger, Where it belongs in cross-linguistic work, and how it fits in to the Mind. Papers in Psycholinguistics: Proceedings of the First International Psycholinguistics Congress. Anpoll’s Psycholinguistics Work Group March. Rio de Janeiro, Brazil, p. 42 – 64.

Rocha, Amanda Oliveira (2021). Uma investigação sobre o uso da recursividade em Libras. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Letras, Programa de Pós Graduação em Letras, BR-RS.

Sandler, Wendy (1999). The Medium and the Message: Prosodic Interpretation of Linguistic Content in Israeli Sign Language. Sign Language & Linguistics, v.2, p.187-216.

Silva, Shanna (2014). A gramática recursiva e seu papel na faculdade da linguagem da espécie humana. Dissertação (Mestrado em Teoria e Análise Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Tang, Gladys; & Lau, Prudence (2012). Coordination and subordination. Roland Pfau; Markus Steinbach; Bencie Woll (Eds.). Sign Language: An International Handbook. Berlin: Mouton de Gruyter.

Wilbur, Ronnie (1994). Eyeblinks and ASL Phrase Structure. Sign Language Studies, v.84, p. 221-240.

Wilbur, Ronnie (2000). Phonological and prosodic layering of non manuals in American Sign Language. Karen Emmorey; Harlan Lane (Eds.). The signs of language revisited: Ananthology to honor Ursula Bellugi and Edward Klima. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, p. 215-244, 2000.

Wilbur, Ronnie (2017). Internally-headed relative clauses in sign languages. Glossa: a Journal of General Linguistics, v.2, n.1, 2017.